Um comunicado oficial indicou que, durante uma reunião virtual, o vice-primeiro ministro Liu He e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Jellen, expressaram seus pontos de vista sobre as preocupações de cada lado, concordaram sobre a importância dos laços e concordaram em manter a comunicação no futuro.

‘Num espírito de justiça e confiança mútua, eles realizaram amplos intercâmbios sobre a situação macroeconômica e a cooperação bilateral e multilateral’, acrescenta o texto.

Este diálogo seguiu-se ao mantido na semana passada por Liu com a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, para analisar também o estado das relações nessa esfera.

O vice-primeiro ministro é o chefe da equipe chinesa que nos últimos anos negociou com os Estados Unidos soluções para o conflito comercial e finalmente em janeiro de 2020 assinaram a primeira fase de um pacto que visa enterrar a disputa.

Observadores consideram positivos seus dois contatos com funcionários do governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, embora ambas as potências mantenham atritos em frentes diferentes.

O acordo comercial de 2020 estabeleceu obrigações e mecanismos para lidar com disputas relacionadas a propriedade intelectual, alimentos e produtos agrícolas, impulso do comércio, finanças, moeda e transparência, transferência forçada de tecnologia, avaliação bilateral e resolução de disputas.

Também se destacou o compromisso da China de importar 200 bilhões de dólares dos Estados Unidos e por dois anos de produtos agrícolas e marítimos, manufaturados como aeronaves, maquinaria e aço, e artigos do setor de energia.

O texto também contempla a proibição e sanções ao furto de segredos comerciais e cibernéticos, bem como medidas contra todos os tipos de falsificação, pirataria e violação de direitos autorais.

Entre outras questões, os dois poderes aceitaram que um pode denunciar o outro se considerar que não respeita o acordo. Se não houver consenso, a reclamação pode chegar às autoridades superiores.

Mas não devem ser aplicadas represálias se forem consideradas feitas de ‘boa fé’ e sim poderiam abandonar o acordo em caso contrário.

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