Nesta terça-feira, o grupo que reúne sindicatos, organizações sociais e outros, garantiu que o governo Duque segue as instruções do partido Centro Democrático, que se dedica a bloquear ou impedir acordos diante da crise colombiana.
A esse respeito, explicou em nota que o governo apresentou um novo documento sobre garantias que desfaz o pré-acordo alcançado em 24 de maio.
‘Insiste em militarizar os protestos e não aceita cumprir as disposições dos regulamentos, da jurisprudência e das normas internacionais’, enfatizou o Comitê em nota.
Ele ressaltou que espera uma resposta na próxima quinta-feira sobre os pedidos para avançar nas negociações e buscar uma saída da crise no país, mas enquanto isso as mobilizações vão continuar.
No dia 28 de abril, uma polêmica lei de reforma tributária proposta pelo governo causou um surto social, considerado o maior e mais sustentado nos últimos 70 anos.
De acordo com inúmeras evidências e reclamações, o governo usa a força pública e o exército para neutralizar os protestos sociais com um alto número de mortes, feridos, desaparecimentos, tortura e outros.
A organização não governamental ONG Temblores contabiliza de 28 de abril a 29 de maio, 1.133 vítimas de violência física, 43 homicídios supostamente cometidos por membros das forças de segurança, 1.445 prisões arbitrárias de manifestantes.
Da mesma forma, 648 intervenções violentas no quadro de protestos pacíficos, 47 vítimas de agressões oculares, 175 tiros de arma de fogo e 22 vítimas de violência sexual.
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