O presidente do país, Laurentino Cortizo, apresentou a ‘Estratégia para o desenvolvimento integral do setor eléctrico’ cujo pilar é promover a geração com energias renováveis, durante a visita a uma subestação elétrica localizada na zona norte da província de Colón, relatou o La Panama Star.
A proporção atual é dominada 92 por cento por usinas térmicas movidas a petróleo, bunker e carvão, das quais em 2023 aquelas com baixa eficiência, custos elevados e poluição pesada interromperão sua produção.
Afirmou que o governo procura atrair investimentos que criem empregos e através da geração eficiente de baixo custo permite a redução da tarifa de energia elétrica, da qual o usuário final assume 62% e o restante é subsidiado pelo Estado.
Cortizo explicou que a estratégia inclui 76 projetos que vão conseguir a interligação elétrica de 3.500 residências e mais de 18.000 moradores de áreas rurais, a maioria dos quais atualmente sem eletrificação.
‘Meu governo herdou um problema complexo no setor de energia que impedia investimentos em novas tecnologias de energias renováveis, a solução desses inconvenientes vai gerar um quadro competitivo, para que as taxas caiam e se estabilizem no longo prazo’, disse.
Por sua vez, a transnacional latino-americana InterEnergy Group anunciou ontem que vai empreender a construção e operação de uma termelétrica perto da cidade de Colón, cuja capacidade de geração será de 670 Megawatts (MW) e usará gás natural como combustível, que é menos poluente.
O investimento de um bilhão de dólares ajudará a reativação econômica do país após a forte depressão de 2020, e em sua fase máxima de construção vai gerar três mil empregos, uma ação favorável à empobrecida cidade de Colón, onde existem as maiores taxas de desemprego no trabalho.
Generadora de Gatún é o nome do consórcio empresarial dono da fábrica, do qual a InterEnergy é sócia majoritária com 51 por cento das ações, o Estado panamenho também participa com 25 e a subsidiária no Panamá da americana AES com 24.
‘Este investimento reafirma nosso compromisso com a transição energética rumo ao uso de energias menos poluentes em nosso portfólio na América Latina e Caribe’, disse nota da InterEnergy, empresa que também opera o maior parque eólico da América Central, localizado no município de centro do Istmo, com capacidade para gerar 215 MW.
O Panamá tem uma das maiores tarifas de eletricidade do continente com uma média de 0,161 dólares por quilowatt na área residencial e 0,18 na área comercial, ambas acima da média do mercado mundial.
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