O site Consultor Jurídico informou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já formou uma maioria para manter a decisão da segunda câmara, que declarou Moro suspeito de julgar arbitrariamente Lula no chamado caso triplex no Guarujá.
Entretanto, os votos do Ministro Marco Aurélio Mello (que pediu mais tempo para analisar o caso) e do Presidente do STF, Luiz Fux, ainda estão pendentes.
No momento da interrupção, houve sete votos a favor de manter a decisão da segunda câmara (Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Antonio Dias Toffoli, Carmen Lúcia e Rosa Weber) e dois de reversão (Edson Fachin e Luis Roberto Barroso).
Segundo o site, Mendes emitiu a votação que prevaleceu porque considerou que a declaração de incompetência da 13ª Vara Criminal Federal da cidade do sul de Curitiba para julgar Lula não prejudicaria o processo por suspeita de seu antigo titular, pois teria efeitos mais amplos.
Tal suspeita de parcialidade anularia atos processuais, por exemplo, enquanto a declaração de incompetência do tribunal permite a manutenção desses atos se forem ratificados pelo novo juiz.
A inclusão do assunto na agenda do STF seguiu um pedido da defesa de Lula em 26 de maio.
A equipe jurídica do fundador do Partido dos Trabalhadores apontou o atraso no final do julgamento, desde que Mello devolveu os registros em 29 de abril.
Assim, o processo será encerrado antes da aposentadoria do reitor, agendada para 5 de julho.
Depois que a Suprema Corte confirmou em abril que Moro agiu com parcialidade nos casos judiciais, a defesa de Lula disse que a decisão é ‘uma vitória para a lei’ e a restauração do devido processo e ‘a credibilidade do Judiciário no Brasil’.
Reiterou que, desde a primeira manifestação escrita, em 2016, o ex-ministro da justiça utilizou a posição de juiz para praticar a lei (guerra jurídica) e ‘promover uma verdadeira cruzada contra o ex-presidente Lula’.
Nesse sentido, acrescentou, ‘para acusá-lo e condená-lo sem provas de culpa com o objetivo de retirá-lo das eleições presidenciais de 2018 e da vida política’.
Os advogados do ex-líder trabalhista também lamentaram que, devido às irregularidades cometidas por Moro, o ex-governador tenha sofrido 580 dias de ‘prisão ilegal e todo tipo de perseguição e humilhação irreparável’.
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