O Ministério da Economia e do Planejamento e a agência especializada da ONU coordenam a iniciativa, que prevê beneficiar cerca de 600 atores do setor agrícola até novembro próximo, com reuniões em diferentes territórios.
Em declarações ao Jornal de Angola, a professora universitária Judite Mestre destacou o propósito de contribuir para a promoção da agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável das cadeias de valor no domínio agroindustrial.
Miguel Watangua, um dos coordenadores do projeto em Luanda, apontou a necessidade de aumentar a produtividade das pequenas e médias empresas do setor, o que, disse, é possível tendo em conta os níveis registados noutros países africanos como Quênia, Uganda e Ruanda.
Na opinião de Fernando Azevedo, diretor do Instituto Nacional de Apoio à Micro, Pequena e Média Empresa, a formação deve contribuir para o aumento da produção local com vista à geração de empregos, melhoria da qualidade das ofertas e redução dos preços de venda.
Para o cooperado Nelito Azevedo, também é de se esperar que a contribuição do conhecimento e o cadastramento dos pequenos produtores também favoreçam o acesso ao financiamento, disse o jornal.
Este curso em Luanda inclui tópicos como mapeamento de cadeias de valor, mercados e serviços, barreiras à produção e comércio, estudos de caso e troca de experiências práticas.
De acordo com o Jornal de Angola, o encontro na província do Uíge reúne vários agentes ligados às cadeias produtivas do café, mandioca, feijão e outras culturas priorizadas pelo governo no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações.
Agrônomos, representantes de cooperativas agrícolas, estudantes de economia agropecuária, avicultores, pecuaristas e membros do governo provincial participam do seminário no Uíge, que examinou a necessidade de melhorar os mecanismos de comercialização de produtos rurais.
Segundo Yuri Chipuio, técnico da FAO e facilitador do seminário, a análise também permite discutir problemas do mercado local, custos de produção, situação do transporte agrícola e incidência de pragas, entre outros aspectos relevantes.
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