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Carbono negro agrava os efeitos da mudança climática no Nepal

Carbono negro agrava os efeitos da mudança climática no Nepal

Katmandu 5 Jun (Prensa Latina) Depósitos de carbono negro de indústrias, veículos e práticas culinárias agravam os efeitos das mudanças climáticas e aceleram o degelo das geleiras do Himalaia, foi divulgado hoje.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, as conclusões do relatório ‘Geleiras do Himalaia: Mudanças Climáticas, Carbono Negro e Resiliência Regional’ são mais um alerta para o Nepal e a região, onde os impactos do aquecimento global são cada vez mais visíveis, informou o jornal The Kathmandu Post.

Junto com o aumento das temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, os depósitos de carbono negro – partículas transportadas pelo ar geradas pela combustão incompleta em fornos de tijolos, gases de exaustão de diesel e queima de biomassa – aceleram o derretimento das geleiras e da neve das montanhas.

Arun Prakash Bhatta, subsecretário do Ministério de Florestas e Meio Ambiente, destacou que o carbono negro ou fuligem é o segundo agente antropogênico mais importante das mudanças climáticas, por absorver a radiação solar.

Estudos descobriram que essa substância pode ter um efeito estufa duas vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2) e maior do que o do metano. É um poluente de curta duração e o segundo maior contribuinte para o aquecimento global.

Sua presença nas montanhas pode aumentar o degelo das geleiras, diminuindo a refletância da radiação na superfície e aumentando a temperatura do ar.

Uma vez depositado na superfície da neve e do gelo, aumenta a absorção de radiação ao diminuir o albedo da superfície ou a capacidade de refletir a luz do sol da superfície da geleira, razão pela qual a área esquenta e a neve derrete mais rápido.

Da mesma forma, a fuligem que circula no ar aumenta sua temperatura antes de se estabelecer, influenciando o rápido derretimento da neve nas montanhas.

As geleiras ajudam a moderar os fluxos dos rios na região, fornecendo uma fonte de degelo em anos quentes e secos e armazenando água durante os períodos mais frios e úmidos, disse o relatório.

As faixas do Himalaia, Karakoram e Hindu Kush do sul da Ásia, que contêm cerca de 55.000 geleiras, armazenam mais água doce do que em qualquer outro lugar do mundo, exceto os pólos norte e sul.

De acordo com a pesquisa, o degelo glacial e a perda sazonal de neve representam um risco significativo para os habitantes das montanhas e para a estabilidade dos recursos hídricos do sul da Ásia.

Estima-se que mais de 750 milhões de pessoas dependem da água doce das geleiras e dos rios Indus, Ganges e Brahmaputra, alimentados pela neve. Mudanças no volume e no momento dos fluxos podem ter implicações econômicas e sociais para a região.

mem/abm/jcfl

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