Morales escreveu no Twitter que o secretário-geral daquela instituição promove a partir de seu cargo golpes, divisões internas em várias áreas e atos claros de intervenção nos assuntos internos das nações membros.
Ele ressaltou que a OEA não pode estar sob o comando de alguém cuja conduta está longe de ser a estabelecida para o cargo.
O papel de Almagro ficou sob fogo por intrometer-se na política interna de países como Nicarágua, Venezuela e a própria Bolívia, onde desempenhou um papel fundamental nos eventos que concluíram no golpe de Estado de novembro de 2019.
Também tem sido criticado por seus padrões duplos em relação às violações dos direitos humanos em países como a Colômbia e os Estados Unidos, atos aos quais ele responde com silêncio.
Por outro lado, o líder do Movimento ao Socialismo, força política do governo na Bolívia, lembrou que Ernesto Muyshondt, conselheiro de Almagro, foi preso em El Salvador pelos crimes de fraude eleitoral e negociações ilícitas.
Muyshondt foi nomeado conselheiro da Secretaria Geral para o acordo entre o país centro-americano e a OEA que levou à Comissão Internacional contra a Impunidade em El Salvador, acordo descartado pelo presidente daquele país, Nayib Bukele.
Morales também lembrou na rede social que enquanto tudo isso acontece, outros países latino-americanos rejeitam as palavras de Almagro contra o Ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, em 4 de junho, por criticar sua gestão à frente daquela organização.
‘Ele tomou ações muito duvidosas como o caso da Bolívia, foi vergonhoso, elas praticamente facilitaram um golpe. A opinião do México é que é uma das piores gestões da história’, disse o Ministro das Relações Exteriores do México sobre o trabalho do Secretário-Geral da OEA.
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