De acordo com o site oficial do evento, o encontro apresenta discussões sobre a ideia de ser uma mulher no inconsciente coletivo e a projeção desta imagem estereotipada na indústria artística e audiovisual.
Um dos espaços propõe um diálogo com a pesquisadora britânica Anne Baring, que, da matriz psicanalítica, argumenta que o cinema e as artes mostram arquétipos de um passado distante e um retrato banal da mulher.
O evento é realizado neste ano por meio do site elekran.com e sua principal referência na edição atual é a mulher, e seu trabalho à frente e atrás das câmeras a partir de diferentes perspectivas e manifestações.
Durante o evento, destacam-se cineastas femininas como Alice Guy, Adela Sequeyro, Matilde Saleny, María Isabel Sánchez-Concha, Kira Muratova e Nutsa Gogoberidze, que desempenharam um papel silencioso, mas memorável, na sétima arte.
Vindo da Alemanha, França, Hungria, Suíça, Áustria, Eslovênia, República Tcheca, Polônia, entre outros países europeus, o evento reúne cerca de 70 filmes, assim como aulas magnas.
Segundo os organizadores, o tema é atualmente muito relevante devido ao aumento das reivindicações em defesa dos direitos da mulher no campo das artes e especialmente na indústria audiovisual.
Não só procuramos tornar visível seu trabalho, mas também sua condição de seres humanos, pois às vezes elas tendem a ficar limitadas dentro dos papéis de gênero que têm sido impostos ao longo do tempo, disse o comitê organizador.
Assim, o programa planejado visa mostrá-la ‘desde sua libertação social e política – ainda não finalizada – até a vivência livre de sua sexualidade, até a plenitude de seus próprios termos’.
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