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Debate sobre a oferta de insumos durante uma pandemia no Brasil

Debate sobre a oferta de insumos durante uma pandemia no Brasil

Brasília, 9 Jun (Prensa Latina) A comissão do Senado (CPI) que investiga a gestão do governo no Brasil diante do Covid-19, questionará Antônio Franco, ex-secretário do Ministério da Saúde, sobre fornecimento de insumos aos estados durante a pandemia.

A Agência do Senado indicou que Franco era o segundo colocado no Ministério da Saúde entre junho de 2020 e março de 2021, durante o comando do general Eduardo Pazuello.

Seu depoimento perante a diretoria foi solicitado por seis senadores e um deles, Randolfe Rodrigues, afirmou que o ministério, com Franco no cargo, apresentou um Plano Nacional de Vacinação após uma exigência do Supremo Tribunal Federal, em dezembro de 2020.

Ele ainda especificou, ‘com a demora, o programa estava com defeito. Apresentava pontos em aberto e foi criticado por cientistas, cujos nomes apareceram como responsáveis pela redação do texto sem serem consultados antes de sua publicação’.

Como secretário executivo, a pessoa convocada foi ‘alicerce relevante em relação às ações e omissões do governo federal na pandemia’, afirmaram os deputados Humberto Costa e Rogério Carvalho em petição conjunta.

No dia 4 de março, em sessão temática mista no Senado, Franco defendeu a forma como a carteira se desenvolveu e implementou a estratégia de enfrentamento à pandemia e vacinação.

Diante desses fatos, o TPI fingirá conhecer a falta de coordenação federal no combate ao vírus, as falhas no abastecimento, a compra de medicamentos para um suposto tratamento precoce e imunização, entre outros assuntos.

A comissão tem duração inicial de 90 dias e à medida que os depoimentos vão se desenvolvendo, mais pessoas são chamadas como testemunhas e convidadas, para dar explicações aos senadores.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reconheceu ontem que o medicamento cloroquina contra o Covid-19 é ineficaz, em sua segunda apresentação no conselho.

Com tal afirmação, Queiroga desmentiu a defesa que o presidente Jair Bolsonaro faz àquela droga e outras para prevenir e tratar o vírus, sem comprovação científica.

Durante seu discurso, o ministro também especificou que não é um censor do governante, em relação às multidões e desinformação promovidas pelos ex-militares.

Há um mês, em seu primeiro pronunciamento, o ministro evitou se posicionar sobre a cloroquina.

Ele agora foi intimado ao TPI porque, segundo os parlamentares, suas respostas em sua audiência inicial continham contradições e não esclareciam os pontos investigados.

Em sua sexta semana de denúncias, o TPI foi criado para avaliar a atuação do Poder Executivo contra a Covid-19, que até hoje já registrou 476.792 mortes e 17 milhões de 37.129 infecções, e para fiscalizar a aplicação de recursos federais por parte dos estados e municípios.

ga/ocs/jcfl

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