As especulações sobre uma grave falta de acesso aos alimentos são infundadas e a região não corre o risco de tal situação num futuro imediato, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Internacionais, Dina Mufti.

O Secretário-Geral Adjunto para Assuntos Humanitários e Coordenador de Socorro de Emergência da ONU, Mark Lowcock, disse na semana passada que a fome é um problema iminente na jurisdição, imersa em um processo de reabilitação desde novembro passado.

Centenas de milhares de pessoas sofrem com a severa escassez de alimentos, disse Lowcock.

Ouvimos falar de mortes relacionadas à fome, acrescentou, e alertou sobre o risco de morte para ‘outras centenas de milhares de cidadãos, ou até mais’.

Segundo o porta-voz do Ministérios das Relações Exterores, isso não acontecerá porque os esforços do governo têm resultados claros, apesar de circunstâncias adversas, e uma estratégia do Ministério da Agricultura inclui o fornecimento de sementes, insumos e equipamentos agrícolas para evitá-lo.

Há pessimistas que especulam sobre a possibilidade de fome. Mas a realidade é que 70 por cento das terras agrícolas estão prontas para serem aradas por 1,5 milhão de agricultores na próxima temporada de plantio, disse Mufti.

Ele também sublinhou os esforços do governo etíope, juntamente com organizações como a ONU, para ajudar milhões de habitantes, ao mesmo tempo que condena as ações deliberadas e repetidas das forças da oposição destinadas a obstruir o envio de alimentos para vários lugares.

Até o momento, já foram distribuídos cerca de 10 mil quintais de diferentes sementes, dos 66 mil disponíveis, e 210 mil quintais de fertilizantes, dos 710 mil que serão entregues, segundo relatórios da administração provisória do estado regional.

Eles dispensam o trabalho de entidades fornecedoras de fertilizantes e sementes e chegam a comparar a situação do Tigray com o ocorrido em nosso país em 1984, mas não é verdade e também não será, disse o responsável.

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