Na madrugada deste dia, o Ministério da Cultura retirou as estátuas das duas figuras, depois de ontem a comunidade original tentar derrubá-las devido ao simbolismo de colonização que implicam.
‘#junioeslucha e nós derrubamos! A força do povo Misak sabe onde dar às Elites, na história de Colón e Isabel! Bogotá-Colômbia’, expressou o usuário Tata Pedro Misak, na rede social Twitter.
Ao ritmo da música com seus instrumentos tradicionais, esta população que vive no sul da Colômbia, no departamento de Cauca, festejou sua vitória sobre as elites dominantes.
‘Esta terra não pertence a Cristóvão Colombo. Pertenceu aos indígenas e foi-lhes tirada com sangue, fogo, humilhação e estupro. Convido a prefeita (Claudia López) a substituí-la por uma da cacique Gaitana como gesto de empatia com os Misak e demais vítimas dos conquistadores ‘, disse o senador Gustavo Bolívar.
Os Misak e os mais de 60 povos indígenas que habitam o território colombiano aderiram às mobilizações antigovernamentais, através da minga, que significa resistência em busca de reivindicação, e outras formas de protesto.
Esses povos pedem respeito pela vida e pelos direitos humanos, pelo território, exigem paz e um modelo econômico que respeite a Mãe Terra.
Desde a assinatura do Acordo de Paz em 2016, pelo menos 300 lideranças indígenas foram assassinadas no país, alerta o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz.
A isso se acrescenta que a pobreza nas populações ancestrais é de 63%, o triplo da média nacional, segundo dados oficiais.
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