‘É um caso para recuperar os bens pelos danos econômicos causados no caso de gás lacrimogêneo’. Passamos as informações para o escritório de advocacia (Greenberg Traurig) para resgatar esse preço excessivo’, disse o Procurador-Geral Wilfredo Chavez.
Vamos quantificar o dano porque não é um dano qualquer, mas foi negociado durante a pandemia de Covid-19, quando o país precisava desses recursos para salvar vidas, então temos que ver o valor adicional’, acrescentou o representante perante os tribunais.
Deve ser igual à quantia tomada para a compra (2,3 milhões de dólares), ou até mais, embora o ideal seria duplicar a sobretaxa, disse Chávez em entrevista à Bolivia TV.
O sistema judicial de Washington prendeu Murillo em 26 de maio sob acusações de corrupção e lavagem de dinheiro em solo americano, cometida no gerenciamento de gás lacrimogêneo para a administração de facto chefiada por Jeanine Áñez.
Além de Murillo, sua irmã Magda Mireya, seu cunhado Daniel Leonardo Aliss Paredes, e os policiais Víctor Gómez Apaza e Daniel Bellot também estão implicados.
A lista inclui Sergio Rodrigo Méndez Mendizábal, ex-chefe de gabinete de Murillo; e Luis Berkman, Bryan Berkman e Philip Lichtenfeld, além de outros.
Na semana passada, Luis e Bryan Berkman, dois dos representantes da empresa intermediária, pagaram fiança de meio milhão de dólares e $350.000, respectivamente, para evitar a prisão e se defenderem em liberdade.
A audiência contra Murillo foi remarcada para 9 de julho em Miami, Flórida, e embora ele esteja negociando uma pena de prisão de menos de 20 anos, as autoridades bolivianas não descartam a fiança.
‘Não queremos isso em nenhum sentido, embora ele possa tentar por menos anos na prisão porque é um direito dele. Uma vez que ele seja condenado lá e cumpra essa situação criminosa, ativaremos os procedimentos de extradição que são canalizados na Bolívia’, disse Chávez.
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