Consultados pela imprensa ou em seus comentários sobre as redes sociais, muitos costarriquenhos exigem que os responsáveis sejam punidos em conformidade, enquanto exigem o fim da falta de ética e honestidade no exercício da administração pública, já que eventos similares anteriores ficaram impunes.
Outros criticam o oportunismo de alguns deputados, que atribuem apenas ao governo do Presidente Carlos Alvarado estes comportamentos em cargos públicos, e não são um exemplo de probidade e transparência, já que alguns dos que criticam hoje estão sendo investigados por vários crimes.
Além disso, muitos acreditam que a revelação deste fato, cerca de sete meses antes das eleições gerais, tem uma motivação eleitoral.
O fato é que agentes da Agência de Investigação Judicial (OIJ) e do Procurador Adjunto de Probidade, Transparência e Anti-Corrupção realizaram 57 batidas na segunda-feira, nas quais prenderam 29 funcionários de entidades públicas e privadas, supostamente relacionados a vários crimes de corrupção na execução de obras rodoviárias.
Os presos trabalham no Conselho Nacional de Estradas (Conavi), no Ministério de Obras Públicas e Transportes e em empresas privadas como Meco, H. Solis, Constructora Herrera, Cacisa e ITP Engenharia.
No início, eles relataram que um dos presos seria Camilo Saldarriaga, um dos assessores de Alvarado, mas mais tarde ele mesmo confirmou que permaneceu em liberdade e renunciou a assumir o processo e demonstrar sua total inocência sem afetar o trabalho do Poder Executivo.
O diretor da OIJ, Wálter Espinoza, revelou à imprensa que em 2019 eles receberam informações confidenciais de que um grupo de funcionários públicos estava se reunindo com membros de empresas privadas, sempre vencedores dos prêmios, e que eles estavam desviando fundos que afetavam a tesouraria pública.
Segundo Espinoza, os presos são acusados de terem cometido crimes como associação ilícita, desvio de fundos, suborno, suborno, subornos, royalties, gratificações irregulares e tráfico de influência, entre outros.
‘As investigações indicam que houve um pagamento de fundos e orçamentos adiantados para cometer os crimes e aparentemente foram desviados cerca de 78 bilhões de colones, cerca de 128 milhões de dólares’, disse Espinoza.
Em uma mensagem on-line ao público, o presidente costarriquenho apoiou a investigação judicial sobre o caso e disse que tal comportamento é totalmente inaceitável.
Alvarado disse que ‘onde há uma pessoa corrupta, há também um corruptor, e ambos devem ser punidos’. É meu desejo, assim como o do resto dos costarriquenhos, que eles cheguem ao fundo da questão e que as responsabilidades e sanções sejam estabelecidas, quem quer que caia em cima deles’.
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