O presidente da comissão parlamentar de liberação de patentes e mecanismos de aquisição de tratamentos contra a doença viral, Ricardo Sánchez, denunciou que a nação sul-americana teve que enfrentar a pandemia de forma desigual devido ao impacto das chamadas sanções.

Nesse sentido, Sánchez condenou o congelamento no banco suíço UBS dos últimos quatro pagamentos feitos pelo Estado Bolivariano, no valor de 10 milhões de dólares, para completar os 120 milhões destinados ao fundo global de acesso às vacinas contra a Covid-19 ( Covax).

‘O povo venezuelano teve seus recursos bloqueados para não poder acessar as vacinas já reservadas através do sistema Covax’, frisou o deputado em declarações analisadas pelo site do Parlamento em comunicado à imprensa.

Na semana anterior, o presidente Nicolás Maduro descreveu como ação criminosa a retenção na instituição bancária suíça das últimas transferências destinadas a pagar mais de 11 milhões de doses de injetáveis ​​contra o coronavírus SARS-CoV-2, causador da pandemia.

O chefe de estado exigiu que seu homólogo norte-americano Joe Biden desbloqueie os recursos financeiros saqueados da nação sul-americana para avançar na aquisição de insumos e remédios contra a doença.

‘Exijo categoricamente que o governo dos Estados Unidos cesse o bloqueio ao dinheiro da Venezuela para a compra de vacinas (…) e acelere o processo de imunização de pelo menos 70 por cento da população’, enfatizou Maduro em discurso público.

As autoridades sanitárias venezuelanas iniciaram em fevereiro deste ano o processo de inoculação para profissionais de saúde e outros setores prioritários da população, graças a acordos firmados com a Rússia e a China para a aquisição dos antígenos Sputnik V e Sinopharm, respectivamente.

Com o objetivo de completar a proteção de pelo menos 70 por cento dos venezuelanos neste ano, o Executivo Bolivariano intensificou a campanha de vacinação, após a recente chegada ao país de 1.300.000 doses da nação asiática e outros carregamentos enviados por Moscou.

A Venezuela também espera a chegada em julho dos primeiros cinco milhões de vacinas pelo mecanismo Covax, junto com os acordos firmados com os governos russo e chinês, além de Cuba, para aquisição e produção de antígenos desenvolvidos contra o patógeno SARS-CoV -2.

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