Ao mesmo tempo, dois peritos eleitorais desvendaram a mais recente manobra da candidata neoliberal, um apelo judicial para que a lista eleitoral fosse entregue a ela para buscar provas de suas improváveis ​​alegações de fraude por parte do seu rival.

Chávez disse que a operação de Fujimori para anular massivamente os votos a favor de Castillo tende a turvar o processo eleitoral para fugir da justiça, que pede que ela seja condenada a 30 anos de prisão.

‘Não ficaria surpreso se a senhora Fujimori dissesse em poucas semanas que está sendo perseguida politicamente e pedisse asilo político’, disse ela, afirmando que o processo eleitoral, endossado por observadores nacionais e internacionais, não deve ser desacreditado.

Por outro lado, Martín de Azevedo e José Tello, especialistas em direito eleitoral, concordaram que o recurso de habeas data será rejeitado pelo Judiciário porque as questões eleitorais só podem ser julgadas no Jurado Nacional de Eleições (JNE).

Consideraram também que, caso fosse provido o recurso, a decisão judicial seria proferida em pelo menos seis meses, quando o novo governante já estaria proclamada, fato juridicamente consumado.

A ONPE recusa-se a entregar o cadastro porque contém dados pessoais protegidos dos cidadãos e os partidos tiveram acesso a cópias nas mesas de votação do escrutínio de 6 de junho, altura em que tiveram de ser apresentadas as alegadas irregularidades.

Todos os peritos eleitorais afastam a validade das irregularidades, visto que não correspondem a causas extremas e limitadas para anular mesas, referentes a situações como atos de violência ou suborno.

Azevedo garantiu que, mesmo quando mais recursos legais puderem ser apresentados, em duas ou três semanas o Jurado Eleitoral Nacional (JNE) vai resolver o problema e proclamar quem governará nos próximos cinco anos.

Enquanto isso, dezenas de organizações sociais e políticas e grupos de cidadãos se preparam para amanhã um dia de marchas pacíficas em defesa da democracia e contra um golpe de Estado.

A rejeição do golpe refere-se a políticos e ex-militares ligados a Fujimori que propõem anular as eleições, o que a constituição não permite, e convocar novas eleições sob um governo liderado pelo presidente do novo Parlamento, de maioria conservadora. mem / mrs / hb