O evento, um dos mais importantes do Chile, é organizado pelo Museu Chileno de Arte Pré-colombiana, pelo Centro de Estudos Interculturais e Indígenas (CIIR) e pela Mostra Indígena de Cinema + Vídeo.
Esta edição, de amanhã até o próximo dia 27, será gratuita e online para todo o Chile com programação disponível no Museu de Arte Pré-colombiana do Chile, por meio do site www.precolombino.cl, enquanto os filmes estarão disponíveis em www.biblioquinoa.com.
Criada em 2005, a Mostra Indígena de Cinema + Vídeo busca dar visibilidade aos povos e valorizar e respeitar as culturas indígenas e promover o acesso ao uso de meios audiovisuais, disse a diretora do evento, Alicia Herrera, ao jornal digital El Mostrador.
Acrescentou que também têm entre seus objetivos contribuir para a ‘divulgação de suas próprias realidades e promover uma narrativa audiovisual indígena, respeitando seus tempos cinematográficos com um sentimento espiritual e profunda conexão com o território’.
Devido às restrições por conta da pandemia de Covid-19, nesta versão da mostra o programa traz uma seleção das obras mais destacadas e importantes dos últimos 14 anos de exposições.
Os filmes selecionados incluem obras do patrimônio cinematográfico, trabalhos comunitários de cineastas indígenas e audiovisuais novos e recentes.
Herrera explicou que as fitas abordam questões de identidade, conhecimento ancestral, direitos humanos, proteção e defesa de territórios e línguas indígenas em obras dos Aymará, Embera, Guaraní, Yagan, Mapuche, Maya, Rapa Nui, Quechua, Yaqui, Huichol e Wayuu, entre outros.
Filmes do Brasil, Panamá, Colômbia, Chile, Estados Unidos, México e Bolívia, entre outras nações, fazem parte da mostra, que também inclui palestras sobre os temas presentes nos filmes, com personalidades indígenas de destaque. Depois de sua apresentação no Chile, as exposições online acontecerão entre os dias 28 de junho e 4 de julho na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e México, dando continuidade ao trabalho colaborativo e itinerante Rompendo Fronteiras, que vem sendo desenvolvido há três anos.
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