De acordo com relatório recente do Ministério dos Transportes, entre abril e dezembro de 2020, a aplicação da política causou prejuízos no setor de cerca de 43.801.000 dólares.
Entre as principais causas está a proibição de voos comerciais regulares e fretados do norte do país aos aeroportos cubanos, com exceção de Havana, desde 10 de dezembro de 2019, o que afetou as receitas de exportação de bens e serviços.
Outro aspecto com impacto negativo foi o cancelamento de acordos de interline para transporte de cargas por companhias aéreas estrangeiras, como Avianca e Air France.
Há também a recusa de bancos e instituições financeiras internacionais em realizar operações com o território insular, por medo de serem multados por perseguição por parte de Washington.
Com isso tentam evitar transações e limitar a realização de diversos negócios com potenciais clientes, bem como a entrada de moeda estrangeira no país, enfatiza o relatório.
Soma-se a isso a contínua restrição à concessão de vistos a marítimos cubanos e as penalidades das autoridades de imigração dos Estados Unidos para os armadores que inscrevam cidadãos da ilha.
Além disso, as leis extraterritoriais norte-americanas permanecem inalteradas e proíbem a aquisição de tecnologias, equipamentos, peças e outros suprimentos para equipamentos de transporte, sua manutenção e reparo.
Portanto, enfatiza o documento, é preciso buscar mercado em países mais distantes e negociar com intermediários e não com fabricantes, o que provoca o aumento de preços, fretes e seguros.
O relatório lembra que o período foi marcado por um retrocesso nas relações entre Washington e Havana, com um progressivo reforço do bloqueio e a aplicação de mais de 240 medidas coercitivas contra o país caribenho.
Segundo dados oficiais, entre abril de 2019 e dezembro de 2020 o cerco econômico, comercial e financeiro causou prejuízos a Cuba de 9.157 milhões de dólares, e em quase seis décadas de imposição da apólice, os danos ascendem a 147.853 milhões de dólares.
No entanto, ‘os danos humanos, o sofrimento e as deficiências causados às famílias cubanas são incalculáveis’, escreveu o chanceler Bruno Rodríguez em um tweet.
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