Sem uma declaração de guerra, no início da manhã de 22 de junho de 1941, mais de três milhões de alemães e seus aliados atravessaram a fronteira para invadir a União Soviética, no que os estrategistas fascistas chamaram de Operação Barbarossa, o plano que visava arrasar o país em um curto período de tempo.
A Segunda Guerra Mundial começou em setembro de 1939, com a invasão da Polônia por Berlim, e depois passou a ocupar outros territórios europeus. Noruega, Holanda, Bélgica e França foram tomadas. Somente o Reino Unido escapou do domínio nazista.
Contra a União Soviética, as tropas invasoras se lançaram com três grupos de exércitos e a intenção de tomar Leningrado, Kiev e Moscou, confiantes de que as táticas empregadas contra os países da Europa Ocidental também funcionariam no vasto território.
No entanto, embora o fator surpresa e a força do ataque alemão tenham conquistado sucessos iniciais, a bravura dos defensores, as grandes distâncias e a resistência do Exército Vermelho dificultaram o avanço fascista.
Mesmo assim, as tropas nazistas conseguiram tomar Kiev e sitiaram Leningrado, mas foram detidas a apenas 80 quilômetros da capital por uma contraofensiva que quebrou o plano de guerra-relâmpago projetado por Berlim. A operação Barbarossa havia falhado.
Durante a guerra, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) sofreu perdas de mais de 27 milhões de pessoas, a destruição de mais de 1.710 cidades, 70.000 vilarejos e vilas, bem como danos incalculáveis à indústria e à agricultura.
No dia 9 de maio passado, em seu discurso no Dia da Vitória sobre o fascismo alemão, o presidente russo Vladimir Putin chamou o dia 22 de junho de 1941 de uma das datas mais trágicas da história da Rússia.
‘O inimigo atacou nosso país, veio a nossa terra para matar, para semear a morte e a dor, o horror e o sofrimento indescritível’. Eles não apenas queriam derrubar o sistema político, o sistema soviético, mas nos destruir como Estado, como nação, para limpar nossos povos da face da terra’, disse ele.
Ele lembrou que, diante dessa agressão, o povo soviético defendeu sua pátria e libertou os países da Europa do nazismo.
‘A guerra trouxe tantas provações insuportáveis, dor e lágrimas que é impossível esquecê-la. E não há perdão e nenhuma desculpa para aqueles que novamente contemplam planos agressivos’, enfatizou Putin.
ga/mml/vmc