Um documento preparado pelo Instituto Cuesta Duarte do sindicato nacional diz que ainda não está claro se ele apelará novamente, como em 2020, para uma rodada de acordos de ponte de um ano de duração e ‘com pouco espaço para negociação’.
Pelo menos ele duvida que uma rodada ‘mais tradicional’ será aberta por subsetores ou se uma combinação de ambos será proposta de acordo com as realidades setoriais.
A instituição acadêmica do movimento trabalhista citou o Ministro do Trabalho, Pablo Mieres, que esclareceu em várias ocasiões que não haveria descontos sobre o salário nominal.
Mas os analistas disseram que esta indicação governamental ‘desencadeia alarmes sobre o que será o ajuste proposto e a preocupação de que ele voltará a zero em julho’.
A Pit-Cnt considera que isto representaria ‘um duro golpe’ para todos os assalariados, ‘já punidos’ pelos altos níveis de desemprego e a consequente perda de renda, a queda nas horas trabalhadas e os benefícios de desemprego.
‘No nível macroeconômico, esta política também ampliaria os efeitos da crise no mercado interno, reduzindo ainda mais o consumo e, em última instância, afetando aqueles que produzem e vendem localmente’, enfatiza o documento.
A central sindical propõe que as próximas diretrizes salariais incorporem ajustes salariais desde o início dos novos acordos que acompanham a evolução da inflação, e assim frear a queda dos salários reais.
Espera-se também que as autoridades cumpram o compromisso assumido na rodada de transição e estabeleçam um cronograma para a recuperação dos salários perdidos entre julho de 2020 e julho de 2021, a ser implementado já em janeiro de 2022.
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