Em declarações à Assembleia Geral da ONU, o diplomata russo disse que a guerra de sanções desencadeada pelos Estados Unidos para atingir o seu objetivo de eliminar um governo de que não gosta é um exemplo flagrante de política externa agressiva.
Assinalou que as medidas unilaterais impostas por Washington à nação caribenha são contrárias aos direitos humanos e ao bem-estar da população.
Ele alertou que nos tempos atuais, quando o mundo enfrenta a Covid-19, os países devem sair das sanções e das guerras econômicas para unir forças na batalha contra a pandemia que exige tanta solidariedade.
Nebenzia destacou que em meio a essa situação, o bloqueio dos Estados Unidos contra a ilha se mantém e seu custo por mais de 60 anos chega a mais de 144 bilhões de dólares.
Denunciou que a política dos Estados Unidos se intensificou durante o governo anterior, mas ainda se mantêm suas medidas, que incluem a inclusão de Cuba na lista dos países que cooperam com o terrorismo e com campanhas de descrédito ao sistema nacional de saúde.
O diplomata russo qualificou de desumanas as tentativas de desacreditar os profissionais e pessoal de saúde cubanos que, além de salvar seu povo, ajudaram mais de 40 nações do mundo na luta contra o coronavírus SARS-CoV-2.
Nesse sentido, Nebenzia aproveitou a oportunidade para parabenizar os cientistas cubanos que, apesar das restrições do cerco econômico, comercial e financeiro contra a nação antilhana, conseguiram vacinas eficazes contra a Covid-19.
Lembrou que todas as medidas de Washington contra Havana limitam o direito natural inalienável, não só dos cidadãos cubanos, mas também dos Estados Unidos.
Pedimos a todos os Estados membros das Nações Unidas que se solidarizem com o povo cubano pela igualdade de condições para garantir seu desenvolvimento socioeconômico, disse o representante de Moscou.
Reiterou que seu país votará a favor do projeto de resolução a favor de Cuba sem impor nenhuma condição prévia e instou aos Estados a votarem a favor da adoção do documento.
‘Qualquer medida discriminatória ou interferência na soberania nacional e interferência nos assuntos internos dos Estados são inaceitáveis’, advertiu o embaixador russo.
Assinalou que seu país não vê nenhuma mudança visível na política externa dos Estados Unidos com respeito a Cuba sob o governo do presidente Joseph Biden. ‘Esperamos que as mudanças e a razão reinem’, disse ele.
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