Cuba, Chile e Uruguai, por exemplo, apresentam cifras ao nível de países desenvolvidos, o que significa um desafio para garantir a saúde e o bem-estar dessas pessoas, ressaltou a pesquisadora em Bioestatística Médica, Virginia Ranero, durante um painel online sobre envelhecimento populacional disponível na internet.
A especialista do Centro de Pesquisas em Longevidade, Envelhecimento e Saúde (Cited), de Havana, explicou que a população octogenária está crescendo na região, já que 15% têm 80 anos ou mais; enquanto o número de menores diminui devido à baixa fertilidade.
Ela especificou que atualmente existem 54 adultos mais velhos para cada 100 crianças menores de 15 anos em Cuba, 136 para cada 100, o que mostra um envelhecimento populacional acelerado também no país caribenho.
Por sua vez, a mestra Adialys Guevara, do Cited, acrescentou que desde 2006 a população cubana diminuiu pela primeira vez, o que era esperado que ocorresse anos depois.
‘A partir de 2030 nunca mais voltaremos à famosa figura apresentada pelas pessoas de 11 milhões de cubanos’, disse Ranero.
Explicou que a partir deste ano a força de trabalho será muito envelhecida e muito escassa no país antilhano, segundo as previsões.
Problemas associados ao acesso à saúde, qualidade e cobertura na proteção social e sexualidade foram alguns dos temas discutidos durante o primeiro dia do encontro online, que continua neste dia.
O painel é organizado por representantes da embaixada do Chile em Cuba, da Universidade de Concepción no país sul-americano e da Cited, em Havana.
Além disso, conta com a colaboração da Organização Pan-Americana da Saúde e a participação de importantes especialistas da Universidade de Havana, do Ministério da Saúde Pública de Cuba, da Oficina Nacional de Desenho e da Sociedade Cubana de Psicologia.
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