A rede estadual alegou que um cidadão anônimo lhe entregou o maço de papéis que ele encontrou no condado de Kent, depois de perceber a natureza sensível do conteúdo.
O Ministério da Defesa britânico admitiu, por sua vez, que um de seus funcionários denunciou o extravio de documentos com informações sigilosas e que está em andamento uma investigação.
De acordo com a estação de televisão, os textos incluem e-mails e apresentações em PowerPoint que provariam que a missão do navio da Marinha britânica no Mar Negro não era tão ‘inocente’ como o ministro da Defesa, Ben Wallace, afirmou após o incidente.
A Rússia informou na quarta-feira que aviões e navios de sua frota no Mar Negro dispararam tiros de advertência e lançaram bombas no caminho do Defender depois que o navio entrou em águas territoriais perto da península da Crimeia, chamando isso de ato premeditado e provocação.
As autoridades britânicas tentaram minimizar o fato e atribuíram os tiros a exercícios militares realizados por forças russas na área, mas um correspondente da BBC que viajava a bordo do navio relatou o sobrevoo de aviões de combate russos e a presença de navios do país Euroasiático.
Segundo Wallace no Parlamento britânico, o contratorpedeiro britânico estava fazendo uma viagem ‘inocente’ pelas águas territoriais da Ucrânia, uma vez que o Reino Unido não reconhece a jurisdição russa sobre a área disputada.
Documentos encontrados no ponto de ônibus de Kent na véspera do incidente revelariam, no entanto, que o comando militar britânico valorizava duas rotas para o Defensor: uma que previa o envio de aviões e navios russos como sinal de alerta, e outra longe do disputado águas, mas o que significaria o reconhecimento da jurisdição da Rússia sobre a área.
O maço de 50 páginas contém dados atualizados sobre as exportações de armas do Reino Unido, notas sobre o Diálogo de Defesa com os EUA e comentários sobre a retirada das tropas britânicas do Afeganistão.
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