Os crescentes ataques a populações indefesas e infraestruturas económicas assolam a província de Cabo Delgado, no nordeste de Moçambique desde 2017, e a sua possível expansão constitui uma ameaça regional, estimou uma recente cimeira de chefes de estado e de governo da SADC, que decidiu o envio de tropas.
A reunião extraordinária, realizada esta segunda-feira, respondeu ao mandato dos dirigentes do bloco, e teve como objectivo definir um orçamento para garantir o envio da força de alerta a Cabo Delgado, confirmou o ministro angolano dos Negócios Estrangeiros, Téte António. Por meio de videoconferência, os ministros avaliaram um quadro financeiro de 12 milhões de dólares, explicou o chefe de Relações Exteriores.
Da parte de Angola, os ministros da Defesa Nacional e dos Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos; do Interior, Eugênio César Laborinho; e Finanças, Vera Daves de Sousa.
O encontro foi precedido por uma sessão nesta segunda-feira do comitê de finanças do grupo, informou aqui o Itamaraty.
De acordo com a Secretária Executiva da SADC, Stergomena Lawrence, o desdobramento planejado ‘faz parte de um pacto de defesa regional que permite a intervenção militar para evitar que o conflito se espalhe.’
Na passada quarta-feira, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, sublinhou que as iniciativas de apoio da SADC são um complemento importante, uma vez que as forças de defesa e segurança do país vão continuar na linha da frente da luta contra o terrorismo.
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