Ele reiterou que apenas os impeachments ocorridos nos últimos 30 anos deveriam ser revistos, que não atingem ‘um terço da gravidade do que foi visto neste CPI’ e ainda mais do que foi percebido na sexta-feira, disse Rodrigues, convencido da existência de provas suficientes para depor Bolsonaro.
O Deputado Federal Luis Miranda e seu irmão, Ricardo Miranda, funcionário do Ministério da Saúde, testemunharam no dia, reiterando a acusação de supostas irregularidades na compra da Covaxin, uma vacina anti-Covid-19 do laboratório indiano Bharat Biotech.
Este último denunciou que em março recebeu pressões atípicas dos superiores daquela carteira para aprovar um contrato para obter a Covaxin e apresentou mensagens recebidas com a pressão diária dos diretores e de uma empresa para tal aquisição.
Anteriormente, o chefe do Departamento de Importação do ministério discutiu esta questão com o Ministério Público Federal, que também está investigando o caso e identificou suspeitas de crimes e riscos sanitários na operação.
Pressionado por membros da diretoria, o legislador confirmou que Bolsonaro citou o nome do Deputado Ricardo Barros como o suposto mentor das supostas anomalias na compra da Covaxin.
De acordo com o relator Renan Calheiros, o dia foi histórico para a comissão, que está progredindo em outro ramo das investigações.
‘Com a chegada dos irmãos Miranda, possibilitamos à CPI este grande dia’. Estamos avançando em relação às teses contidas no plano de trabalho e estamos entrando nesta parte do desvio de dinheiro público para benefício pessoal’, disse Calheiros.
Para o chefe da comissão, Omar Aziz, a seriedade dos fatos no testemunho dos irmãos é maior do que imaginável, especialmente porque o congressista nomeado como mentor do plano é o líder do governo na Câmara dos Deputados.
Aziz disse que a diretoria deveria considerar uma proposta do senador Simone Tebet para um confronto entre o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e os funcionários intimados no caso.
Em sua nona semana de discussões, a CPI avalia o desempenho do Poder Executivo frente ao Covid-19, que até hoje reclamou 513.474 vidas perdidas e 18.420.598 contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2, a causa do Covid-19.
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