O cronograma também prevê mobilizações durante a entrega na Câmara dos Deputados do pedido de impeachment (impugnação) unificado ao ex-militar, marcado para a próxima quarta-feira nesta capital.
‘A luta de massas é o elemento decisivo para abrir o processo de impeachment de Bolsonaro. Com a manifestação de 3 de julho queremos enviar uma mensagem ao orador da Casa (inferior), Arthur Lira’, disse João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e da Frente Popular do Brasil.
O enfraquecimento de Bolsonaro com as revelações da última sexta-feira na comissão do Senado que avalia o desempenho do governo diante da Covid-19 (CPI), com acusações de corrupção na compra da Covaxin, uma vacina indiana contra Covid-19, acelerou o processo de mobilização para seu depoimento.
De acordo com o portal Rede Brasil Atual, em uma recente reunião da Frente… houve unidade entre as correntes para a nova manifestação a ser realizada no próximo sábado.
‘Os novos fatos mostram elementos mais concretos de um caso de corrupção do governo Bolsonaro e ainda reforçam seu caráter genocida, pois foi corrupção com vacinas para salvar vidas’, comentou ao site Brasil de Fato o presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão.
A CPI foi marcada na semana passada pela suposta fraude na negociação para a aquisição de doses de Covaxin entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos, responsável pela venda do medicamento produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil.
No testemunho da última sexta-feira, o deputado Luis Miranda disse que o nome citado por Bolsonaro como responsável pelo esquema de compra do Covaxin, com preço exagerado, é o parlamentar Ricardo Barros.
Com as novas alegações, a mobilização para o impeachment do presidente teve um prólogo neste sábado, quando o governante foi recebido com manifestações no estado do sul de Santa Catarina.
‘A unidade é o que tem sido capaz de apontar um caminho para a derrota de Bolsonaro’, disse o membro da Frente Povo Sem Medo e secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio.
Disse que também é essencial protestar contra a fome, o desemprego e a necessidade de uma ajuda de emergência de 600 reais (cerca de US$106).
Até hoje, o Brasil perdeu 513.474 vidas e 18.420.598 pessoas foram infectadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19.
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