As duas propostas, promovidas no parlamento pelos partidos de coalizão Colorado e Cabildo Abierto, foram criticadas pela presidente do Instituto da Mulher, Mónica Botero.
Para as organizações críticas, sob os títulos de Inquilinato Responsável Compartilhado e Corresponsabilidade em Maternidade, ‘que soam bem mas são enganosas, elas ignoram crianças e adolescentes e não são projetadas para beneficiar a maioria das famílias uruguaias’.
Argumentam em uma declaração conjunta que a legislação atual cumpre esses direitos, garantindo que ‘os menores possam ser ouvidos’ na separação devido a conflitos parentais e cuidando de ‘sua autonomia progressiva’.
Também apontaram que ’em casos de violência ou abuso, os projetos de lei os expõem a viver com seus agressores ou abusadores sexuais ou a manter um regime de visitas, enquanto o sistema de justiça não governa, sem assegurar sua proteção abrangente e expondo crianças e adolescentes a uma verdadeira tortura’.
Eles questionam que essas iniciativas legislativas ‘coloquem os interesses e benefícios dos adultos em primeiro lugar’ e que ‘ignorem a diversidade das famílias e suas diferentes realidades’, e imponham a custódia compartilhada sem considerar se ela é viável.
Além disso, eles afirmam que ‘uma lei como a proposta violaria as convenções internacionais sobre o assunto que o Uruguai ratificou e é obrigado a cumprir e se perguntam se, em caso de sua aprovação, o Estado será responsável pelas consequências’.
O Comitê dos Direitos da Criança Uruguai (CDNU), a Rede Uruguaia contra a Violência Doméstica e Sexual, a Red Pro Cuidados, o Comitê Latino-Americano e Caribenho para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem) e a Intersocial Feminista estão participando desta mobilização.
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