O grupo exige que o ex-oficial militar seja acusado perante o Supremo Tribunal Federal pelos crimes de prevaricação, não cumprimento das medidas preventivas de saúde, utilização irregular de fundos públicos, perigo para a vida ou a saúde e destruição de material de salvamento.
‘Bolsonaro tomou decisões que deliberadamente puseram em risco e levaram à morte de homens e mulheres brasileiros pela Covid-19’, argumenta o grupo num documento.
No conteúdo, chamam a atenção para a promoção das aglomerações, o encorajamento do chamado tratamento precoce sem provas científicas e a gestão autoritária do Ministério da Saúde, com a troca de responsáveis no meio da crise sanitária.
Avico salienta que o governo permitiu a demissão dos ministros da saúde em momentos críticos, o que dificultou a gestão da crise.
Tais alterações, diz, ‘tinham sempre um objetivo muito claro: que a gestão da pandemia teria lugar exatamente nos termos defendidos pelo seu representante, ou seja, sem respeitar as medidas de isolamento e/ou distanciamento social e apelando a um tratamento ineficaz’.
A associação também acusa a ineficácia da vacinação em massa contra o agente patogênico e as dúvidas expressas por Bolsonaro sobre os imunizantes.
Segundo o grupo, o ex-capitão do exército adoptou uma ‘postura anti-vacina’ e deixou de comprar doses para inocular a população.
A gestão da pandemia pelo governo federal é descrita pela entidade como uma ‘estratégia institucional genocida’.
Reitera que a posição de Bolsonaro sobre a calamidade ‘mostra uma estratégia federal cruel e sangrenta para espalhar a Covid-19, levando a cabo um ataque sem precedentes aos direitos humanos no Brasil’.
O boletim mais recente do ministério da saúde indicou que foram notificados 27.804 casos da doença nas últimas 24 horas e o total ascendeu a 18.448.402.
Tendo em conta os números globais, o gigante sul-americano é o país com o segundo maior número de vidas perdidas devido ao coronavírus SARS-CoV-2, que provoca o Covid-19, depois dos Estados Unidos.
Tem também o terceiro maior número de pessoas infectadas, depois dos Estados Unidos e da Índia.
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