A presidente desse órgão legislativo, Nancy Pelosi, disse que ‘considera seriamente’ incluir entre suas nomeações um republicano para o novo comitê dedicado a investigar esses distúrbios.
De acordo com o texto da resolução para criar a força-tarefa, Pelosi indicaria oito membros, enquanto o líder da minoria na Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy (R), indicaria cinco.
Segundo o jornal The Hill, especializado em questões legislativas, a expectativa é que a proposta seja aprovada com base no voto dos parlamentares democratas, podendo essa comissão ser criada para apurar os fatos e causas relacionadas ao ‘ataque terrorista interno ao Capitólio ‘.
O painel seria liderado por democratas, e Pelosi seria a encarregada de nomear um presidente e pelo menos oito de seus 13 membros.
A resolução que será submetida a votação na quarta-feira dá à referida deputada uma possível voz na nomeação dos outros cinco membros, que serão nomeados ‘após consulta’ com o líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy.
Quem liderará o painel ainda é desconhecido, mas uma possibilidade é o presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara, Bennie Thompson (D).
Na noite passada, o segundo republicano nesse nível, Steve Scalise, pediu a seus colegas que votassem contra a resolução, porque o painel selecionado ‘provavelmente seguirá uma agenda partidária’ contra Trump.
A formação desse comitê seleto ocorre depois que os republicanos do Senado bloquearam a criação de um painel independente e bipartidário separado, igualmente dividido entre os dois partidos, semelhante ao órgão formado para investigar os ataques terroristas de 11 de setembro.
Um relatório do Senado sobre o ataque ao Capitólio revelou recentemente grandes erros dos serviços de inteligência, das unidades que protegem as instalações federais e de outras agências governamentais para lidar com esses distúrbios.
Segundo o relatório, a falta de treinamento e preparação das unidades que protegem a sede do Congresso fez com que os agentes fossem rapidamente esmagados pelos agressores.
O documento trazia novos detalhes sobre os policiais que sofreram queimaduras químicas, lesões cerebrais e fraturas ósseas, que relataram aos senadores que ficaram sem direção operacional quando falhou a liderança dos sistemas de comando das unidades envolvidas na resposta.
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