Riyad al Ashkar, diretor daquela instituição, disse à imprensa que a saúde do jovem de 28 anos piorou nos últimos dias e disse que seu corpo pode entrar em colapso a qualquer momento devido à queda nos batimentos cardíacos e fortes dores no peito.
Al Ashkar responsabilizou o governo israelense e especialmente a administração da prisão israelense pela vida e segurança de Abu Atwan, que foi preso em outubro de 2020 na cidade de Dura, na Cisjordânia.
O prisioneiro é um dos milhares de palestinos mantidos sob o conceito de detenção administrativa, usado por Tel Aviv para manter os habitantes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza atrás das grades sem julgamento ou procedimento por meses e anos.
O diretor do Centro lembrou que no passado Abu Atwan foi preso várias vezes pelas forças israelenses e que no total passou cinco anos detido.
Nesta última ocasião, foi condenado a seis meses de prisão, a título de detenção administrativa, e quando o prazo estava prestes a terminar, outra semelhante foi imposta a ele, o que levou à greve de fome.
Esta semana, o ministro palestino da Saúde, Mai Al-Kaila, pediu à comunidade internacional, às organizações de direitos humanos e à Cruz Vermelha que pressionem o governo israelense.
Abu Atwan corre o risco de morte súbita ou paralisia porque a falta de fluidos afetou as funções de órgãos vitais como o coração e os rins, alertou ele em nota divulgada pela agência oficial Wafa.
Centenas de palestinos se reuniram ontem em frente ao campo de detenção de Ofer, próximo a esta cidade, para exigir a libertação do jovem e de Jamal al-Taweel, também em greve de fome há 29 dias.
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