Segundo a agência Xinhua, trata-se de uma iniciativa conjunta da Editora da Universidade de Pequim e do Centro de Estudos Chineses e Latino-Americanos (Cecla) que reunirá especialistas nacionais e especialistas do México, Brasil, Uruguai, Peru, Argentina.
O projeto buscará disseminar informações e ampliar o conhecimento sobre essa área, já que nos últimos anos cada vez mais pessoas do gigante asiático demonstram interesse em visitá-lo ou estabelecer relações de cooperação.
Guo Cunhai, coordenador do Cecla e co-editor desta série, destacou que ela permitirá o acesso à bibliografia latino-americana não traduzida por casas europeias e americanas.
‘A partir de agora, os leitores chineses não precisarão mais olhar para a região com o ponto de vista refratado pela Europa e pelos Estados Unidos, acrescentou, lembrando que a China é um dos principais parceiros comerciais de muitos países do subcontinente.
Quando Cuba em setembro de 1960 reconheceu a República Popular da China como o único representante legítimo de seu povo, abriu-se o caminho para uma aproximação harmoniosa entre o gigante asiático e a região fundada em pontos convergentes e no respeito à livre escolha de cada sistema político e estratégia de desenvolvimento.
Entre 2017 e 2018, Panamá, República Dominicana e El Salvador foram os últimos a fazer a determinação soberana de estabelecer laços com a segunda potência do mundo e agregar projetos como o Cinturão e a Rodovia, que busca construir uma ampla rede de infraestruturas e operações comerciais, por terra e mar.
A China disse hoje que trabalhará com a América Latina e o Caribe para fortalecer a amizade e expandir a cooperação mutuamente benéfica, destacando o desenvolvimento estável de laços bilaterais 60 anos após o estabelecimento.
Recentemente, o Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, disse à Prensa Latina que a pandemia do Covid-19 constituiu uma nova frente de apoio e colaboração entre as partes, por meio de ações práticas.
Mencionou também que em 2020 as trocas econômico-comerciais ultrapassaram os 300 mil dólares pelo terceiro ano consecutivo e as exportações dessa área para este mercado continuaram aumentando.
‘Podemos dizer que a pandemia não obstruiu a cooperação entre a China, a América Latina e o Caribe, mas aproximou os corações e os interesses de nossos povos’, resumiu o diplomata, ratificando a disposição de Pequim em fortalecer o relacionamentos mútuos.
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