O bloco encerrou uma reunião de dois dias na sexta-feira sem chegar a um consenso porque os Emirados Árabes Unidos bloquearam alguns aspectos de um possível pacto.
Sem um acordo, a aliança OPEP+ (formada pela organização exportadora e uma dúzia de grandes produtores de petróleo bruto, incluindo a Rússia), poderia manter restrições rigorosas no nível de produção de ouro negro, disse a OPEP em uma declaração.
A reunião de segunda-feira chega com os preços do petróleo subindo mais de 40% este ano e atualmente estão sendo negociados a cerca de 75 dólares o barril.
A OPEP+ votou na sexta-feira para aumentar a produção em cerca de dois milhões de barris por dia de agosto a dezembro de 2021 e para estender os cortes restantes até o final de 2022, em vez de terminá-los em abril de 2022.
Os Emirados Árabes Unidos, que se recusaram naquele dia a apoiar a prorrogação dos cortes, disseram no domingo que apoiam um aumento da produção de petróleo a partir de agosto.
Entretanto, sugeriu adiar para outra reunião uma decisão da OPEP+ sobre a prorrogação de seu pacto global de fornecimento de ouro negro para além de abril de 2022, de acordo com um relatório da agência estatal de notícias WAM.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, disse em uma entrevista no domingo que um pouco de racionalidade e compromisso salva a OPEP+.
O funcionário também lamentou que os Emirados Árabes Unidos tenham rejeitado a prorrogação do acordo da aliança petrolífera até dezembro de 2022.
Enquanto isso, o ministro do petróleo do Iraque, Ihsan Abdul Jabbar, disse na véspera que seu país apoia a prorrogação do acordo para reduzir a produção de petróleo até dezembro do próximo ano, quando o preço do barril permanecerá em cerca de 70 dólares, estimou.
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