Este país mostrou seu desacordo com o acordo sobre os níveis de produção de petróleo bruto levantado na reunião, que terminou esta semana sem uma nova data, de acordo com a mídia digital e especialistas do mercado petrolífero.
Os Emirados Árabes Unidos são o quarto maior dos 23 produtores da OPEP+, atrás da Rússia, Arábia Saudita e Iraque.
Com um fornecimento de quase 2,74 milhões de barris por dia previsto para este mês, o país representa pouco mais de 7% do total dos membros da OPEP+ sujeitos a cotas de produção (todos, exceto Irã, Venezuela e Líbia).
Mas sua capacidade máxima é claramente maior, com um pico de mais de 3,8 milhões de barris por dia em abril de 2020, antes do corte drástico da produção. Esta discordância parece ir além da política petrolífera, disse Helima Croft, analista da RBC Capital Markets, que vê nesta postura o desejo de traçar seu próprio rumo no cenário internacional.
O grande risco é uma saída hipotética daquele país do cartel de produtores de petróleo, como aconteceu com o Qatar em 2018 ou com o Equador em 2019.
Entretanto, o divórcio está longe de ser executado, visto que as negociações ainda estão nos bastidores, explica Bjarne Schieldrop, da empresa de pesquisa de mercado Seb.
Ainda assim, é novidade que jogadores secundários como os Emirados Árabes Unidos estejam mostrando discordância na OPEP+, observa Naeem Aslam, analista da Avatrade.
Entretanto, há outros cenários em cima da mesa, como um acordo de última hora que leva a um aumento na produção a partir de agosto.
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