Em vista desta situação, o Conselho de Segurança da ONU deve assumir suas responsabilidades e implementar as medidas necessárias ‘para forçar Israel a cumprir as leis internacionais e humanitárias’, disse uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da Palestina.
A nota denunciou que mais de dois milhões de pessoas no território sofrem com as políticas punitivas do Estado judaico.
O bloqueio, que dura 14 anos, causa um declínio substancial dos serviços básicos na faixa, onde grande parte da população vive na pobreza, disse ele.
De forma semelhante, a Unicef havia solicitado a Israel que permitisse a entrega imediata e desimpedida de ajuda humanitária a Gaza.
‘Gaza tem um milhão de crianças (…) muitas precisam urgentemente de saúde, água e educação’, advertiu em sua página do Twitter o departamento palestino do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Também a coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinos ocupados, Lynn Hastings, exigiu na sexta-feira o fim do bloqueio.
Exorto Israel a aliviar as restrições à circulação de bens e pessoas de e para Gaza, de acordo com a resolução 1860 do Conselho de Segurança, com o objetivo de finalmente levantá-los, disse ela em uma declaração.
A ONU estima que cerca de 250.000 pessoas não têm acesso regular à água corrente e outras 185.000 dependem de fontes inseguras ou pagam preços mais altos pela água engarrafada.
Hastings disse que atender às necessidades humanitárias, incluindo a retomada dos serviços básicos de água, saúde e saneamento, e o processo de reconstrução não pode avançar sem o influxo de uma ampla gama de suprimentos.
Um relatório do Banco Mundial esta semana avaliou o valor das perdas na Faixa de Gaza como resultado da agressão israelense em maio passado, que matou mais de 250 pessoas, em US$ 570 milhões.
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