De acordo com estudos realizados em março passado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), estima-se que 12 milhões de mulheres sofreram interrupções nos serviços de planejamento familiar.
De fato, esses dois anos de crise sanitária afetaram os sistemas de atendimento, particularmente na área da saúde sexual e reprodutiva.
Embora a gravidez seja muitas vezes atrasada em tempos de incerteza ou dificuldades econômicas, espera-se que problemas no fornecimento de contraceptivos levem a um aumento da gravidez não planejada entre os mais vulneráveis, diz a ONU.
A pandemia também expôs e exacerbou as desigualdades de gênero: a violência contra as mulheres aumentou sob confinamento, assim como o risco de casamento infantil e mutilação genital feminina.
Um número significativo de mulheres abandonou a força de trabalho, e outras tiveram que cuidar de crianças e idosos confinados ao lar, desestabilizando suas finanças, não apenas por enquanto, mas a longo prazo.
Neste contexto, adverte a Unfpa, muitos países estão expressando crescente preocupação com as mudanças nas taxas de fertilidade: historicamente, tal alarmismo tem levado à revogação dos direitos humanos.
De acordo com dados da ONU, a população mundial é de 7,7 bilhões e espera-se que cresça para 8,5 bilhões até 2030, 9,7 bilhões até 2050, e 10,9 bilhões até 2100.
O Dia Mundial da População foi comemorado pela primeira vez em 11 de julho de 1990 em mais de 90 países. Desde então, o dia tem procurado aumentar a conscientização sobre o assunto.
(Extraído de Orbe)
/vmc