As autoridades não descartam que os suspeitos possam cruzar a fronteira com a vizinha República Dominicana, embora na véspera o presidente desse país Luis Abinader negue ter informações sobre supostos mercenários em seu território.
Até o momento, a polícia prendeu 21 supostamente implicados, incluindo um médico haitiano, Enmanuel Sanon, que poderia ser um dos autores intelectuais, denunciou o diretor do órgão León Charles.
Charles disse que quando os pontos de saída para os membros do grupo armado foram bloqueados, eles contataram o médico.
Sanon então chamou duas outras pessoas envolvidas na busca de conhecimento do crime, disse Charles.
Além daqueles presos, o Ministério Público da capital está avançando com uma investigação paralela e esta semana planeja entrevistar membros da guarda presidencial, assim como empresários e políticos.
Desde o fim de semana, a polícia haitiana tem recebido ajuda de seus homólogos colombianos, após a chegada de uma unidade especial da Diretoria de Investigações Criminais, bem como de agentes do Bureau Federal de Investigações dos Estados Unidos.
Moïse, 53 anos, foi o quinto presidente haitiano a ser assassinado enquanto ainda no poder, e foi encontrado em seu quarto deitado com pelo menos 12 buracos de bala na cabeça. Sua esposa foi atingida várias vezes e está se recuperando em um hospital dos Estados Unidos.
Durante quatro anos ele liderou um governo muito impopular, marcado por mobilizações maciças, denúncias de corrupção e o agravamento da crise sociopolítica e econômica, além de críticas pela acumulação de poder. mem/ane/bm