Em uma entrevista coletiva realizada ontem, juntamente com membros de seu gabinete, o presidente denunciou o aumento de uma campanha nas redes sociais que visa a criar matrizes de opinião a fim de desacreditar os esforços feitos pela Revolução para garantir a saúde e a vida do povo.
A este respeito, ele se referiu aos protestos realizados no domingo passado por grupos de pessoas em várias cidades do país com as quais, disse ele, estão tentando justificar a necessidade de uma intervenção humanitária.
O chefe de Estado disse que Cuba precisa de solidariedade, que ele nunca recusou, e a suspensão imediata das 243 medidas para reforçar o bloqueio implementado pelo ex-presidente estadunidense Donald Trump, que a atual administração democrata de Joe Biden mantém intactas.
Ele também exortou o presidente dos EUA a ouvir o clamor global e a pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por aquela potência à ilha por seis décadas.
No contato, o Ministro das Relações Exteriores Bruno Rodriguez pediu aos EUA que desmascarassem a participação de atores e entidades políticas em seu território com a campanha para promover uma ‘intervenção humanitária’ no país antilhano.
Rodriguez pediu a Washington para confirmar ou negar os vínculos de uma empresa sediada na Flórida com a campanha SOS Cuba, gerente de uma suposta ajuda no contexto da Covid-19, que atua com fundos estatais.
Segundo o Ministro da Economia e Planejamento, Alejandro Gil, no ano passado Cuba investiu 102 milhões de dólares, somente em reagentes, equipamentos médicos, meios de proteção, consumíveis e medicamentos.
Até agora, em 2021, o país gastou 82 milhões de dólares para tais fins.
Ele apontou que em 2020 o país recebeu 2,413 bilhões de dólares a menos que em 2019 devido a limitações nas exportações, remessas e outras fontes de renda, principalmente por causa das medidas coercitivas de Washington contra a maior das Antilhas.
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