A Polícia Nacional Haitiana (PNH) emitiu um alerta de busca contra Palacios, que estava na República Dominicana na companhia do compatriota Manuel Antonio Grosso Guarin, primo de Rafael Guarin Cotrino, Conselheiro Presidencial para a Segurança Nacional do governo de Ivan Duque.
Até agora, 18 membros colombianos do comando ligado ao assassinato de Moïse foram presos, três foram mortos e cinco ainda estão em liberdade, de acordo com a PNH.
Enquanto isso, Dimitri Hérard, chefe da segurança do Palácio Nacional do Haiti, deve comparecer hoje diante do Ministério Público para estabelecer o que aconteceu na madrugada do dia 7 de julho, quando Moïse foi assassinado.
Além disso, ele deve esclarecer o que fez em várias viagens ao Equador, Colômbia e República Dominicana, entre janeiro de 2021 e maio passado.
Segundo o diretor da polícia colombiana, General Jorge Luis Vargas, Hérard fez sete viagens nas quais tocou o solo colombiano.
‘O Comissário Hérard se mudou em 19 de janeiro (Bogotá-República Dominicana), 20 de janeiro (Bogotá-Equador), 1 de fevereiro (Equador-Bogotá-República Dominicana), 22 de maio (República Dominicana-Bogotá) e 23 de maio (Bogotá-Equador)’, disse Vargas.
Ele também se mudou em 29 de maio de Bogotá para a República Dominicana, disse o chefe da polícia.
Neste crime, as ligações entre a empresa de segurança privada de Hérard e a firma CTU Security LLC, cuja sede está em Miami, Estados Unidos, também estão sendo investigadas.
De acordo com as investigações, um cartão de crédito daquela empresa foi usado para comprar 19 passagens aéreas com as quais soldados colombianos aposentados viajaram para a República Dominicana e depois para o Haiti.
Ontem, segunda-feira, a Casa de Nariño negou uma reportagem de imprensa sobre uma reunião entre o Presidente Iván Duque e Antonio Intriago, que dirige a referida empresa.
Segundo a nota do palácio presidencial, em fevereiro de 2018, como candidato, Duque liderou um evento de campanha em Miami, Flórida, que contou com a participação de mais de 1.200 pessoas e lá ele tirou fotos com dezenas de participantes.
O presidente Moïse foi assassinado na quarta-feira passada em uma batida em sua residência no bairro de Pelerin em Porto Príncipe, onde sua esposa, Martine Moïse, que está recebendo atendimento médico nos Estados Unidos, também foi ferida.
Desde o fim de semana, a polícia haitiana tem recebido ajuda de seus homólogos colombianos, após a chegada de uma unidade especial da Diretoria de Investigações Criminais, bem como de agentes do Bureau Federal de Investigações dos Estados Unidos.
jha/otf/vmc