Bolsonaro esteve nesta segunda-feira com Fux e fez a proposta para a reunião que vai ocorrer no Supremo Tribunal Federal, segundo o jornal O Globo.
Essa nomeação servirá para ‘cortar as arestas’ em torno das eleições de 2022, que Bolsonaro ameaçou suspender se não houver cédula impressa.
Da mesma forma, a crise aumentou depois que o ministro da Defesa, general Braga Netto, e comandantes das Forças Armadas ameaçaram a comissão do senado (CPI) que avalia a gestão do governo perante a Covid-19, visando seu chefe, Omar Aziz.
Pacheco repudiou em 9 de julho as ameaças de Bolsonaro sobre a possibilidade de suspender as eleições do próximo ano e insistiu que a Constituição federal fosse respeitada.
‘Não tenho medo de eleições. Dou a bandeira a quem vencer em um voto auditável e confiável. Dessa forma (a atual, sem cédulas impressas), corremos o risco de não ter eleições no próximo ano’, disse Bolsonaro. a ocasião para os apoiadores.
O ex-militar quer imprimir o voto eletrônico, com o qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discorda e lamenta os comentários do presidente.
Para o TSE, qualquer ação para impedir as eleições viola a Constituição e é uma negligencia do dever.
Uma proposta de emenda constitucional para esse fim, de autoria da deputada Bia Kicis, aliada de um ex-capitão do Exército, está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Segundo Bolsonaro, o sistema de votação, que utiliza computadores para registrar os votos, é suscetível a fraudes eleitorais e exige o uso apenas de cédulas de papel.
‘Esta é a minha última palavra sobre o assunto. Haverá cédulas impressas, porque se não houver cédulas impressas, é um sinal de que não haverá eleições. A mensagem é clara’, previu o chefe de Estado.
A esse respeito, Pacheco, sem se referir nominalmente a Bolsonaro, comentou: ‘tudo o que se especula em relação a um declínio da democracia, como a frustração das próximas eleições em 2022, é algo que o Congresso Nacional, além de não concordar, repudia, é claro. ‘
Não vamos admitir nenhum retrocesso nesse sentido, afirmou e frisou que as eleições não são negociáveis.
Segundo o chefe do Congresso, a Constituição deve ser preservada ‘a qualquer custo’ e a democracia no Brasil é ‘consolidada e assimilada’ pela sociedade e ‘quem quiser algum retrocesso do estado democrático de direito será designado pelo povo e pela história como inimigo da nação. ‘
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