Segundo dados da Organização Mundial da Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), esse é o valor mais alto registrado desde 2009 e representa quase quatro milhões a mais do que o número documentado no ano anterior à crise.
Embora muitos países agora exijam vacinas contra a Covid-19, há um retrocesso nas questões de imunização contra outras doenças, o que deixa menores em risco, detalha o relatório conjunto.
Atualmente, acrescenta, o sudeste da Ásia e o leste do Mediterrâneo são as áreas mais afetadas por esse problema.
A Diretora Executiva do UNICEF, Henrietta Fore, destacou que, mesmo antes da pandemia, havia sinais preocupantes de que terreno estava sendo perdido na luta para imunizar as crianças contra doenças infantis evitáveis.
Além disso, lembrou, a distribuição de vacinas no mundo tem sido historicamente desigual e é urgente mudar essa situação, que só se agrava com a crise de saúde.
Na região das Américas também as perspectivas são preocupantes, indica o site oficial de notícias das Nações Unidas, por fatores como falta de recursos, desinformação sobre vacinas e instabilidade no abastecimento.
Apenas 82 por cento das crianças naquela área foram vacinadas em 2020, em comparação com 91 por cento em 2016.
Por esse motivo, as entidades da ONU defendem a retificação de lacunas na cobertura e garantia da imunização contra a Covid-19 e também nos serviços de vacinação infantil.
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