Em declarações enviadas à Prensa Latina via WhatsApp, questionou-se se o verdadeiro interesse do presidente dos Estados Unidos é criar desespero e dor na população cubana.
Lazo destacou que isso poderia ter graves consequências para os dois povos, ilha e Estados Unidos, por exemplo, se uma crise migratória fosse deflagrada pelo desespero infligido pelo bloqueio, a situação poderia ser desastrosa com perda de vidas e desagregação familiar.
Por isso, Puentes de Amor exorta Biden que, se realmente deseja ajudar o povo da ilha, acabe com as sanções, muitas das quais foram reforçadas durante o governo Donald Trump e permanecem em vigor até hoje.
Na opinião do ativista cubano-americano, o atual chefe da Casa Branca não deve continuar dizendo que se preocupa com os cubanos, enquanto essas pessoas passam fome e desolação devido às medidas unilaterais impostas por Washington.
Biden precisa se lembrar quando sua esposa Jill foi a Cuba, esteve em Camagüey e lá se reuniu com famílias, com mulheres … o presidente deve saber da nobreza e do carinho que aquela cidade lhe ofereceu e também deve pensar nas crianças da ilha.
Lazo rejeitou a intenção de causar uma explosão social em Cuba devido ao desespero e à fome, ‘porque as coisas se sabem como começam, mas não como terminam’ e seria doloroso ver uma guerra no país.
O ativista e professor, que serviu no Exército dos Estados Unidos durante a guerra do Iraque, lembrou que nos lugares onde a nação do norte deu ‘ajuda humanitária’, esta, no fim se transformou em ‘ajuda sanguinária’.
Recentemente, o Facebook bloqueou a página oficial do projeto Puentes de Amor, justo quando realizaram uma caminhada inédita, que começou no dia 27 de junho em Miami, na Flórida, para chegar a Washington DC. Agora continuaremos transmitindo no YouTube e no Twitter, continuaremos marchando pela família cubana e realizando reuniões com os americanos para que saibam das sanções que Washington aplica contra a maior das Antilhas, afirmou.
Puentes de Amor exige imediatamente o fim do bloqueio norte-americano, a restauração das remessas, o restabelecimento do programa de reunificação familiar e a reabertura dos serviços consulares da embaixada de Washington em Havana.
Também que os voos dos Estados Unidos sejam devolvidos a todas as províncias cubanas e que os cidadãos da nação do norte viajem livremente à maior das Antilhas.
Essas reivindicações serão ratificadas em 25 de julho em frente à Casa Branca, onde pedirão a Biden o fim das sanções, uma chamada também apoiada por uma petição online que ultrapassa 26.000 assinaturas.
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