Em um programa especial transmitido pela ‘Venezolana de Televisión’, o líder socialista traçou um paralelo entre as recentes tentativas desestabilizadoras registradas na nação caribenha e as táticas utilizadas nos últimos anos no país sul-americano para provocar uma mudança de regime.
‘A questão de Cuba é absolutamente midiática’, disse Cabello, questionando o uso de fotos falsas, correspondentes a eventos no Egito ou na Europa, para ilustrar as notícias relacionadas aos distúrbios relatados no último domingo na ilha.
‘Estamos experimentando isso na Venezuela, não é nada novo’, ressaltou o também deputado à Assembleia Nacional (Parlamento), ao acusar o Governo dos Estados Unidos de promover um plano desestabilizador em grande escala na América Latina e no Caribe.
Nesse sentido, Cabello assegurou que durante sua recente visita à Colômbia, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), William Burns, avaliou a execução de um plano relacionado à Venezuela, incluindo Cuba, Haiti e Nicarágua.
O primeiro vice-presidente do PSUV destacou também a vontade do povo cubano de resistir durante mais de 60 anos de agressão e sofrer as consequências de um bloqueio econômico, comercial e financeiro, principal obstáculo ao desenvolvimento da nação caribenha.
‘O que podemos aprender com o modelo cubano, muitas coisas, a consciência que esse povo tem, não a tem muita gente (…) apesar de todas as adversidades, puderam permanecer de pé’, enfatizou o líder socialista.
Cabello também exaltou o espírito humanista da Revolução Cubana, que apesar das dificuldades conseguiu ‘exportar solidariedade’ para o resto do mundo, sob o princípio de compartilhar o que se tem.
Em declarações recentes, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ratificou todo o apoio ao Governo e ao povo de Cuba diante das tentativas de desestabilização promovidas pelos Estados Unidos contra a nação caribenha.
O presidente venezuelano exortou Washington a suspender imediatamente as medidas de asfixia econômica implementadas há seis décadas e que constituem o principal obstáculo ao desenvolvimento do território insular.
Ao comparecer no programa de rádio e televisão Mesa Redonda, o presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel, assegurou que os distúrbios ocorridos em 11 de julho formaram parte de um plano deliberado ainda em processo, cujas causas estão sendo analisadas pela máxima direção do País.
O presidente frisou que a ilha continua em paz apesar da campanha de ódio e mentiras, típica do terrorismo midiático, promovido na imprensa e nas redes sociais.
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