De acordo com o jornal israelense, o esgoto se acumula em poças perto de áreas residenciais e entra nos canos que levam o líquido potável.
A manhã mostra que o ministro da Defesa, Benny Gantz, proibiu a entrada de matérias-primas e materiais de construção naquele enclave, onde vivem pouco mais de dois milhões de palestinos.
A maior parte dos danos à infraestrutura de água e esgoto causados pela guerra de maio não foi reparada, ele enfatiza.
Atualmente, acrescenta, é impossível realizar atividades de manutenção regulares e cruciais na área.
As estações de dessalinização e tratamento de água só funcionam parcialmente após vários anos de grandes esforços para melhorar a infraestrutura, denuncia.
Há uma semana, o Ministério das Relações Exteriores da Palestina acusou Israel de aumentar o bloqueio à Faixa de Gaza e de dificultar o processo de reconstrução do enclave.
Esta política punitiva, que dura 14 anos, provoca uma diminuição substancial dos serviços básicos naquela zona, onde grande parte da população vive na pobreza, frisou.
Na mesma linha, o UNICEF falou horas antes quando exigiu que Israel permitisse a entrega imediata de ajuda humanitária sem obstáculos.
‘Gaza tem um milhão de crianças (…) muitas precisam urgentemente de saúde, água e educação’, alertou o departamento palestino do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em sua página no Twitter.
Também a coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinos ocupados, Lynn Hastings, exigiu dias atrás o fim do bloqueio.
A ONU estima que cerca de 250.000 pessoas não têm acesso regular a água corrente e que outras 185.000 dependem de fontes inseguras ou pagam preços mais altos pelo líquido engarrafado.
O Banco Mundial estimou em 570 milhões de dólares o valor das perdas na Faixa de Gaza como resultado da agressão israelense de maio passado, que causou mais de 250 mortes.
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