23 de December de 2024
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Idalys Ortiz e a reverência de Cuba nos tatames olímpicos

Idalys Ortiz e a reverência de Cuba nos tatames olímpicos

Tóquio, 17 jul (Prensa Latina) Três medalhas olímpicas, uma estabilidade no tatame digna de extraclasses e enfrentar Tóquio 2020 depois de sofrer de Covid-19 são hoje pinceladas da história da vida da judoca cubano Idalys Ortiz.

Muitos craques do esporte se embriagam de sucesso rapidamente após vários títulos, um drama que está longe de estar ligado à carismática atleta da ilha, que consegue se adaptar aos tempos e deixar para trás o néctar das vitórias do passado em busca de novo mel e deliciar o seu paladar.

Tenho certeza do meu objetivo: ganhar uma nova medalha, embora a tarefa não pareça fácil porque há competidores de altíssima qualidade, disse à Prensa Latina a líder do ranking mundial na categoria de mais de 78 quilos.

A confiança de Ortiz não é acidental, poucos atletas podem exibir a escada dos prêmios olímpicos: bronze em Beijing 2008, ouro em Londres 2012 e prata no Rio de Janeiro 2016, reconhecimentos que a exaltam como uma figura importante dentro da disciplina criada pelo mestre japonês Jigoro Kano.

E apesar dos anos – já tem 32 calendários – a antilhana é uma das candidatas ao título de sua categoria, embora tenha rivais com pedigree e o quinto lugar na Copa do Mundo de Budapeste 2021, no último mês de junho, diminuam o otimismo em alguns de seus seguidores.

Estou saudável e isso é o mais importante. Agora meu principal oponente se chama Idalys Ortiz. Quando eu perco a culpada sou eu, por isso vou dar o meu melhor e a intenção é ganhar, disse.

Sobre o que aconteceu no encontro ecumênico, ela explicou que ‘este resultado não me preocupou. Taticamente foi um dos meus melhores eventos, com apenas três semanas de treinamento’.

Lá, Ortiz estava livre na primeira rodada e depois somou três sucessos consecutivos contra Paula Kulaga da Polônia, Anzhela Gasparian da Rússia e Julia Tolofua da França para vencer o grupo A.

Porém, a japonesa Sarah Asahina interrompeu as ações na fase semifinal e a brasileira María Suelen Altheman fez seu o bronze, em duas lutas que ultrapassaram o tempo regulamentar.

Ficar de fora do pódio não deve se traduzir em incerteza, acrescentou ela cheia de segurança em uma conversa que deixou seu roteiro após as Olimpíadas como um detalhe agridoce.

Eu não defini o que vou fazer. ‘Talvez eu tenha uma ideia mais clara em agosto, mas preciso pensar bem e ver o que acontece com a pandemia, porque preciso descansar antes de estabelecer esse período da minha carreira’, disse.

No entanto, a robusta atleta se torna a bandeira da delegação cubana já presente na Vila Olímpica Tóquio 2020, prova multidisciplinar que terá sua inauguração oficial no dia 23 de julho.

O judô vai decorrer de 24 a 31 deste mês, com um total de 386 atletas – -193 homens e igual número de mulheres – que vão disputar as medalhas no famoso recinto Nippon Budakan, sede da modalidade nos jogos de 1964.

msm / jdg / hb/gdc

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