De acordo com a agência de notícias estatal ENA, a organização publicou uma foto das eleições gerais de junho passado em um comunicado de imprensa sobre a alegada detenção de cidadãos do estado de Tigray.
Ele enganosamente usou uma imagem falsa para apoiar seu recente relatório fabricado, no qual acusava o governo, e em particular a polícia de Addis Abeba, de prender arbitrariamente dezenas de Tigrayans, informou um editorial.
Foi tirada, detalhou, pelo fotógrafo da AFP Amanuel Sileshi, que esclareceu que mostra agentes de segurança fazendo controles às seis da manhã, antes do ingresso dos eleitores no colégio eleitoral da capital Abuware.
No entanto, disse ele, ele a usou deliberadamente para provar sua acusação fabricada, a fim de manchar a imagem da Etiópia e minar os esforços do governo para proteger o povo daquele estado regional.
A AFP não fez nada de errado. Conforme foi desdobrado, enganou o público. Foi usado para manipular o contexto, um crime grave porque pode atrair as pessoas para as disputas, disse Sileshi, segundo a ENA.
A agência pediu a Anistia Internacional para remover a imagem de suas plataformas, mas ainda não respondeu. Caso não seja adotada a medida cabível, a AFP será obrigada a iniciar uma ação judicial, anunciou o fotojornalista.
Desde novembro de 2020, as autoridades federais realizam um confronto armado contra a TPLF (sigla em inglês), uma organização política declarada como grupo terrorista pelo Parlamento e supostamente responsável por inúmeras violações dos direitos humanos.
O governo etíope declarou um cessar-fogo unilateral em junho passado, mas a Frente rejeitou e, de acordo com acusações oficiais, continua suas operações militares, principalmente contra civis.
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