O portal de notícias G1 disse que a pesquisa será realizada com 10.000 participantes do estudo inicial que receberam duas doses do agente imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.
A terceira dose da AstraZeneca será administrada 11 a 13 meses após a segunda.
De acordo com o site, os testes serão feitos em voluntários entre 18 e 55 anos, altamente expostos à infecção pelo vírus, tais como profissionais de saúde. Mulheres grávidas e pessoas com comorbidades não serão incluídas.
O estudo será controlado, randomizado e cego, ou seja, o voluntário não saberá se tomou uma dose da vacina ou um placebo.
A pesquisa será conduzida somente no Brasil. Voluntários dos estados da Bahia (1.500), Rio de Janeiro (1.500), Rio Grande do Sul (3.000), Rio Grande do Norte (1.500) e São Paulo (2.500) participarão do estudo.
Todos os participantes do grupo placebo serão convidados a serem vacinados após o encerramento da pesquisa.
Na semana passada, a Anvisa autorizou o ensaio clínico de uma nova versão do medicamento AstraZeneca. O AZD2816, uma versão modificada do antígeno, utilizará a mesma tecnologia que a anterior (vetor viral).
Esta nova vacina foi modificada para fornecer também imunidade contra a variante Beta, contra a qual a primeira versão fornecia apenas proteção limitada.
Cristiano Zerbini, coordenador de estudos da Pfizer no país, disse à GloboNews na segunda-feira que há uma alta probabilidade da necessidade de uma terceira dose da imunização e que a empresa também realizará estudos.
O Brasil marcou seis meses desde o início da campanha de vacinação Covid-19 no sábado com 15,7% de sua população (cerca de 212 milhões de pessoas) totalmente imunizada com as duas doses ou a dose única.
A nação administrou a primeira porção de CoronaVac, o medicamento fabricado pela empresa biofarmacêutica chinesa Sinovac, a uma enfermeira em São Paulo em janeiro, logo após a aprovação da Anvisa para o uso emergencial da vacina.
Desde então, mais de 120 milhões de doses deste e de outros imunizadores contra o patógeno foram entregues nos braços dos brasileiros em meio ano de uma campanha nacional de inoculação.
Até hoje, o gigante sul-americano perdeu 542.214 vidas e 19.376.574 pessoas infectadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19.
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