Falando aos jornalistas, ele observou que o acordo de ontem entre os EUA e a Alemanha sobre o gasoduto Nord Stream 2 menciona a possibilidade de a Rússia poder usar a energia como uma arma de pressão política.
Peskov enfatizou que o Presidente Vladimir Putin reiterou que o país nunca havia utilizado seus recursos energéticos para este fim, informou a agência de notícias TASS.
No documento, Berlim declarou que usaria toda a influência à sua disposição para ajudar a estender o acordo sobre o trânsito de gás através da Ucrânia por 10 anos.
O assessor de imprensa da presidência russa comentou que, neste contexto, Moscou não é mencionada no documento, ’embora este acordo só possa ser estendido pela Ucrânia e pela Rússia’.
Lembrou que Putin declarou que o país estaria disposto a discutir a questão de uma prorrogação.
Segundo Peskov, a Rússia gostaria que o Ocidente chamasse a atenção da Ucrânia para a necessidade de garantir condições econômicas viáveis para o trânsito contínuo do gás russo através de seu território.
Enfatizou que a Rússia ‘gostaria’ de ver em tal declaração uma mensagem para a Ucrânia para mostrar uma posição responsável. ‘Infelizmente, nós não vemos isso’, disse ele.
Também na quinta-feira, o embaixador russo em Washington, Anatoli Antonov, rejeitou as ameaças de sanções e acusações contra seu país, incluídas no recente acordo entre os Estados Unidos e a Alemanha sobre o projeto Nord Stream 2, em declarações à imprensa publicadas no site do Facebook dessa legação diplomática.
Ele disse que o tom hostil da declaração contradiz o espírito das conversações entre o Presidente Putin e seu homólogo americano Joseph Biden em Genebra, em 16 de junho.
‘Tentativas de nos retratar como um agressor e um país que realiza atividades maliciosas se tornaram a marca registrada de Russofóbicos. As ameaças dirigidas a nós são infundadas e inúteis’, disse Antonov.
Enfatizou que a Rússia provou ser um parceiro confiável durante muitos anos de interação honesta com a Europa e outros consumidores de hidrocarbonetos.
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