Em um canal de televisão nacional, o presidente disse que o Tadjiquistão defende ‘a paz e a estabilização nas nações vizinhas, por viver em um ambiente de calma, estabilidade, amizade e cooperação com os nossos vizinhos’.
O chefe de Estado advertiu, porém, que Dushanbe não pode ficar indiferente à escalada de confrontos internos no Afeganistão, seu vizinho mais próximo, com quem compartilha um idioma, religião e cultura, disse ele, segundo a agência de notícias Sputnik.
‘Espero que o bom senso prevaleça no Afeganistão, que nossos vizinhos recuperem a paz e a estabilidade e que consolidemos e expandamos as relações com esta nação amiga em todas as áreas’, disse Rajmón.
Nas últimas semanas, as autoridades tajiques alertaram sobre o aumento das tensões na área de fronteira entre os dois países e o fortalecimento do controle desses territórios, do lado afegão, pelo movimento talibã.
A este respeito, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, alertou nos últimos dias que seu país tomará medidas, se necessário, para evitar agressões ou provocações na fronteira tadjique-afegã.
Em encontro com a imprensa em 9 de julho, o diplomata reiterou a preocupação de Moscou com a forte escalada das tensões na linha divisória entre as duas nações.
‘O movimento do Taleban ocupou a maioria dos condados fronteiriços em um curto período de tempo e agora controla cerca de dois terços da fronteira do país com o Tajiquistão, e estamos observando de perto a situação na fronteira’, disse Zajárova.
Ele lembrou que Moscou tem base 201 no Tadjiquistão, ‘equipada com todo o necessário’ para ajudar o país a controlar a situação.
A este respeito, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que seu país é contra a tomada de medidas, desde que o agravamento da situação não afete seus aliados.
No início deste mês, a ofensiva do Taleban no nordeste da nação da Ásia Central fez com que pelo menos 1.500 soldados afegãos fugissem para o Tadjiquistão.
rgh/mml/jcfl