O governante interveio na abertura do evento, que decorrerá três dias na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), nesta capital.
Draghi lembrou que quando o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apresentou a ideia da reunião de cúpula, em outubro de 2019, ele se preocupou com as ameaças à segurança alimentar, como mudanças climáticas, doenças infecciosas e interrupções nas cadeias de abastecimento.
A pandemia de Covid-19 tornou essas preocupações ainda mais urgentes, disse ele, afirmando que a recessão global empurrou milhões para baixo da linha da pobreza, enquanto as condições climáticas incertas e as interrupções no fornecimento contribuíram para o aumento dos preços dos alimentos.
Instando a ações firmes para melhorar o acesso a suprimentos adequados, ele se referiu à ‘Coalizão Alimentar’ promovida no final do ano passado pela Itália, apoiada até agora por mais de 40 países, com o objetivo de combater a pobreza extrema e a insegurança alimentar, na sequência da pandemia.
Nesse sentido, o primeiro-ministro pediu mais financiamento dos governos e bancos de desenvolvimento para reduzir os riscos dos investidores no setor agrícola e melhorar o acesso ao crédito, especialmente para os pequenos agricultores.
Da mesma forma, disse que a mudança climática reduziu a produtividade da agricultura em 21 por cento e alertou sobre a possibilidade de que a modificação dos padrões de chuvas, secas e inundações cresça exponencialmente, ‘a menos que adotemos políticas adequadas de mitigação e adaptação’.
Draghi frisou que este será o tema central da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), marcada para os dias 1 a 12 de novembro, na cidade escocesa de Glasgow, sob a presidência da Itália e do Reino Unido, após a cúpula dos Sistemas Alimentares para setembro, em Nova York.
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