Segundo o porta-voz Raúl Lima, os deputados terão de se pronunciar sobre o pedido apresentado pelo Presidente João Lourenço, na qualidade de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas angolanas.
A proposta do presidente obedece a um acordo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), que considerou a necessidade de utilizar o seu mecanismo da Força de Reserva para reforçar o confronto com grupos terroristas na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
De acordo com Lima, a ideia é enviar 20 assessores militares angolanos para integrarem a força da SADC: dois oficiais do Mecanismo de Cooperação Regional e oito do Comando da Força, além de 10 tripulantes de aeronaves de projeção aérea IL-76.
Representantes de todos os partidos políticos com bancada parlamentar receberam ontem informações sobre o assunto e apoiaram por unanimidade a iniciativa, mas a decisão final será adotada por votação dos deputados em plenário.
No domingo passado, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, confirmou em Maputo, capital daquele país, que as suas Forças Armadas continuam a avançar contra os rebeldes em Cabo Delgado.
Cerca de duas mil pessoas morreram em decorrência do conflito que surgiu em 2017, enquanto o número de menores deslocados subiu para cerca de 826 mil nos últimos cinco anos, estimou o governante.
Em seu discurso transmitido pela televisão, Nyusi destacou que no início faltava certezas, mas atualmente é possível afirmar que os agressores são terroristas com ligações internacionais.
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