Em entrevista à cientista política Ana Sofia Cabezas, o presidente venezuelano destacou o caráter humanístico da liderança de Chávez, que conquistou de imediato o apoio dos setores populares desde sua irrupção no cenário político nacional.
‘Foi providência e natural (…) desde suas primeiras palavras e depois seus discursos e escritos, desde o movimento sindical, popular e juvenil da época, naturalmente adotamos a liderança do Comandante Hugo Chávez’, disse o Chefe do Estado.
Nesse sentido, Maduro afirmou que o povo como um todo, em particular a militância revolucionária da Venezuela, assumiu Chávez como algo histórico desde o primeiro dia, relatou a imprensa presidencial.
Por sua vez, para a deputada da Assembleia Nacional (Parlamento) Cilia Flores, não se enganou em apoiar a luta do líder da Revolução Bolivariana, que se manteve firme em sua visão franca e autêntica até que conseguiu impregnar com esse sentimento as massas populares.
‘As pessoas não estavam erradas, nós não estávamos errados sobre Chávez, porque até o último momento ele manteve seu projeto, sua autenticidade, sua franqueza’, disse.
A esse respeito, Flores afirmou que os venezuelanos vincularam-se à coragem e força do líder ao assumir plena responsabilidade pelo levante militar de 4 de fevereiro de 1992.
Maduro também lembrou a criação por Hugo Chávez do Movimento Revolucionário Bolivariano (MBR-200), como a base para a promoção do crescimento de novas estruturas políticas de união cívico-militar em defesa da nação e do povo.
Dentro dessa organização, de pensamento bolivariano, os princípios da independência foram defendidos para combater os inimigos que tentavam entregar o país ao controle do imperialismo, lembrou o presidente.
Hugo Chávez nasceu em 28 de julho de 1954 em Sabaneta, estado de Barinas, e após abraçar a carreira militar, liderou uma insurreição armada em 4 de fevereiro de 1992 contra as políticas antipopulares dos governos da chamada Quarta República.
Depois de passar dois anos na prisão, Chávez assumiu a via democrática e à frente do MBR-200 foi eleito presidente da Venezuela nas eleições realizadas em 6 de dezembro de 1998.
Ao assumir a presidência do país em 2 de fevereiro de 1999, o líder revolucionário ratificou sua vontade de promover um profundo processo de transformação social por meio da convocação de um processo constituinte.
A Carta Magna aprovada em 1999 – ainda em vigor – lançaria as bases para a construção de um novo modelo social caracterizado pelo caráter inclusivo e pelo destaque dado as classes populares.
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